sábado, 13 de outubro de 2012

O Seu



Ela me acolheu em seus braços, 
pediu que eu me esquecesse do mundo 
e me chamou de "Rei";  
Ri, despretensiosamente,  
no acalanto do bem-querer...

Paulo Henrique Vaz de Castro

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Entre(círculos)amores




Trás... 
Trás um pouco de carinho enrustido de desejo para pedir
Mais... 
Mais sorrisos, mais encantos, travessuras, "Coca-Cola’s", “gordices” e 
Tais...
Tais sabores, de repente, inocente, uma lembrança, loucamente, 
Cais...
Porto-rebentão, amores, corpo nu, águas, areia e pôr-dos-
Sois...
O primeiro, o segundo, Cássia Eller, malandragem, pense em mim e 
Trás... 
Vida.
Paulo Henrique Vaz de Castro


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Per Si



É chegada a hora!

- de aflorar bons fluidos em sua rara essência
É chegada a hora!
- de subtrair a pompa de sua rala vivência
É chegada a hora!
- de estraçalhar convicções relegadas do desuso
É chegada a hora!
- de ser só mais um ou diferenciar-se do mundo
É chegada a hora!
- de crescer em berço esplêndido criança-algoz
É chegada a hora!
- de mandar ao quinto dos infames a dor que nos condena
É chegada a hora!
- de valorizar a porra da pátria-que-lhe-pariu
É chegada a hora!
- de abençoar o bom e condenar o injusto
É chegada a hora!
- de desqualificar o pieguismo inibidor da boa conduta
É chegada a hora!
- de ser, hora pois, agora-eterno...
Diferenciável.
Indefinidamente militante da causa bem-querer, do bem ao próximo, do amor sofrido, do choro incontido, do riso exagerado, do abraço apertado, do devaneio humano, da amizade fraternal, da simplicidade.
E que a nossa felicidade exploda na cara da inveja dos conformados.


Paulo Henrique Vaz de Castro

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Solilóquio da Desventura

E quando eu andar sozinho pela rua, cabisbaixo,
olhar pro longe, figurando-me em sua extensão,
chutar latinhas de alegrias vividas pela estrada,
abraçar um cachorro faminto e chamá-lo de irmão, 
por favor, não me chame de louco.
Me chame de solidão.                                                                

                                                                                                     Paulo Henrique Vaz de Castro