domingo, 11 de dezembro de 2011

Mácula



...e que péssimo eu a mim

Andando solitário num mar de gente sem fim

Inospitamente desagradável aqui

Limpando, por hora, a poeira que a vida jogou nos meus sim’s


Cálida face expressando expressões não sentidas

Limitando a ira que há em mim, deflagrando feridas corroídas

Revelando máculas quiçá esquecidas

No mar do marasmo interior


Não, não venha a mim lacrimejar derrotas

Menosprezar minha ignorância de vida

Ou subjugar minha dor

É fato que não sou sua melhor companhia

Mas não negue que minha presença a ti sacia.

E por completo.


Se te afronto, me negue

Se não lhe apeteço, renegue

Se te agrado, me pegue

Se não lhe convenço, me esquece!


Só lhe peço a verdade dos olhos

O encanto da companhia

A palavra que conforta

A utopia da magia


Estou aberto à visitação sem interesse

Recebo migalhas de pão sem manteiga

Imploro, clamo, choro

Abro o peito e me jogo em suas mãos.

Frias mãos. Ridículas situações.


Perdi-me com os olhos à míngua na porta daquele boteco que lhe cantei a boemia.

Pobre infeliz implorando atenção. Pobre infeliz esperando de outrem força pra viver.

Pobre. Infeliz. Eu. Ou você.


Eu estou dizendo, eu não presto. Pare!


O quê?


É. Eu sou um péssimo eu a mim.